domingo, 27 de abril de 2014

MPE fará vistoria em escolas da Grande Belém e do interior do Pará

Ação conjunta com MPF percorrerá 15 escolas a partir de segunda, 28.
Estrutura de prédios e alimentação escolar são alvo de fiscalização.

Escola D. João VI em Capanema, PA
Foto: Reprodução/Arquivo
Membros do Ministério Público Federal (MPF) e dos Ministérios Públicos Estaduais irão percorrer a partir da próxima segunda-feira (28) 15 escolas das cidades de Belém, Ananindeua, Capanema, Mãe do Rio, Novo Repartimento, Paragominas e Tailândia.

O objetivo da ação é avaliar a infraestrutura e as condições gerais das unidades de ensino da região metropolitana e do interior do Pará, na data em que é celebrado o Dia Internacional da Educação. Itens estruturais, pedagógicos, acessibilidade e inclusão, alimentação escolar e execução de programas federais serão alvo de fiscalização.

"A busca de um serviço público de educação básica de qualidade deve ser prioridade para todas as instituições. O Ministério Público brasileiro está mobilizado para que sejam obtidas melhorias desse direito fundamental", afirma o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Além do Pará, serão realizadas atividades nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima e Tocantins.

Do G1 PA

sábado, 19 de abril de 2014

CONQUISTA

No Pará, indígenas conquistam espaço na educação superior.

Indígenas contam com o curso de Licenciatura Intercultural Indígena.

No Pará, o Dia do Índio, comemorado hoje dia 19 de abril, é lembrado pelas conquistas dos direitos indígenas no que diz respeito a educação superior. Desde 2012, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) oferta o curso de Licenciatura Intercultural Indígena, desenvolvido com um currículo voltado às necessidades de cada etnia.

Foto: Divulgação
“O curso é todo pensado, organizado para os povos indígenas e foi pensado com eles também. E, apesar de haver disciplinas como nomes comuns ao currículo não-indígena, a ementa, a metodologia, são diferenciadas”, afirma a coordenadora do curso, Joelma Alencar.

O curso surgiu a partir da demanda das próprias comunidades indígenas, por meio de uma articulação política com o Ministério Público do Estado do Pará (MPE), e é ofertado em São Miguel do Guamá, para a etnia Tembé; em Marabá, para os Gavião e, na Aldeia Sororó, para os Suruí Aikewara; em Santarém, no território étnico-educacional Tapajós Arapiuns; e em Oriximiná para a etnia Wai-Wai.

São cursos de formação de professores em turmas unicamente formadas por indígenas. “Eu sempre gostei muito da minha cultura, principalmente da nossa pintura. Eu fui buscar mais, saber mais. Com a licenciatura eu aprendi a valorizar mais minha cultura. Eu dou aula de cultura e identidade, repasso aos meus alunos que é muito importante valorizar o que temos, que é rica a nossa cultura”, conta a aluna Rarakre Gavião, da Aldeia Sororó, localizada no município de Marabá.

“A educação na aldeia é uma educação diferenciada. A gente passa o conhecimento do branco para nossas crianças, nossos alunos. A gente não quer ficar só com o português e deixar nossa cultura de lado. Queremos tanto que eles aprendam o português, como eles saibam do seu costume, da sua história, da nossa comunidade. Isso vai ser muito importante para o futuro deles, para nosso futuro”, diz ainda a indígena, que atua como professora na aldeia.

Desde o início do curso, cinco turmas passam por formação, que dura quatro anos. A previsão é que, em 2015, uma nova seleção seja realizada. “Essa é uma necessidade de vários povos aqui do Pará porque nas suas aldeias ainda existem vários professores não-indígenas atuando. E, devido às características da educação escolar indígena, que deve ser específica, diferenciada, bilíngue, multilíngue, multicultural, eles reivindicam que ela deve ser ministrada por professores indígenas”, explica a coordenadora do curso.

Do G1 PA

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Norte tem 4,6 mil vagas em concursos

Para os que anseiam uma vaga em algum órgão público, nem a Semana Santa é motivo para pausa. No primeiro semestre de 2014, 15 concursos já estão em andamento só na Região Norte, com 4.614 vagas no total. Para tentar uma das vagas, os candidatos muitas vezes abrem mão de um feriado para alcançar o sonho e a estabilidade. Somente em um curso preparatório para concursos públicos da Região Metropolitana de Belém, mais de 1.000 alunos assistem às aulas de olho na carreira como servidor público.

A estudante Tatiana da Silva chegou correndo ao curso preparatório para mais uma aula. Há mais de 5 anos ela presta concursos públicos e atualmente tenta uma vaga no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e vai passar o feriadão da Semana Santa estudando. “Vale muito a pena fazer esse sacrifício, pois conseguir aprovação em um concurso público significa estabilidade de emprego e consequentemente melhora de vida”, garante a candidata enquanto se dirigia para a sala de aula.


A atitude de aproveitar o feriado como um dia de estudos também é apoiada pelos professores. Anderson Lourenço, que ministra aulas de Direito Administrativo e Constitucional, sempre recomenda aos alunos que devem manter o ritmo de estudos: “Sempre aconselho a eles que a preparação deve ser antecipada. Antes de qualquer edital ele deve focar no concurso que ele deseja resolver exercícios, fazer resumo das matérias e não se intimidar por causa da concorrência. É valido sacrificar o feriado para manter o ritmo de estudos e continuar mantendo o foco”, destaca o professor.

Waldecir Mago é professor de Orçamento Público e Legislação e leciona para mais de 600 alunos em três turnos. Segundo ele, não existe feriado para o verdadeiro concurseiro. “A pessoa que quer passar tem que estudar no mínimo 6 horas por dia, fazer exercícios e se dedicar, pois o candidato não pode perder essa oportunidade, pois concursos públicos não ocorrem de forma contínua”, ressalta.

A assistente social Hellen Braga vem estudando há mais de um ano e desistiu de um convite de amigos para viajar para São Luís para continuar se preparando para o concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. “A estabilidade e a segurança valem a pena para abrir mão de um feriado. Além disso, é preciso estar matriculado em um curso preparatório e pegar dicas. Estudar só em casa é muito complicado. É preciso pegar todo o tipo de informação como vídeo-aulas, questões anteriores de concursos para correr atrás e ficar preparado”, relata.

Do Diário do Pará

domingo, 13 de abril de 2014

Por não aprenderem idioma, 110 bolsistas do CSF retornarão ao Brasil

Ciências sem Fronteiras cortou bolsas de alunos no Canadá e na Austrália.
Segundo a Capes, eles não passaram em exames de proficiência.

O governo federal afirmou que 110 bolsistas do programa Ciência sem Fronteiras (CSF) terão que retornar ao Brasil antes de concluir o período de sua bolsa de estudos no exterior. A notícia foi divulgada na manhã desta quarta-feira (9) pelo jornal "O Estado de S. Paulo". A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou por meio de sua assessoria de imprensa que o motivo do retorno antecipado foi o fato de eles não terem comprovado a proficiência mínima do idioma inglês, um dos requisitos do programa.

Dos 110 estudantes, 80 estavam vivendo no Canadá e 30 na Austrália. "Esses bolsistas estão voltando ao país porque não atenderam aos requisitos mínimos estabelecidos pelas universidades para a realização dos cursos acadêmicos", diz nota da Capes.

Segundo a instituição, esses estudantes fazem parte de um grupo de 3.445 bolsistas que haviam se inscrito para bolsas em Portugal, mas foram transferidos por causa da grande procura que o país teve –justamente por não exigir domínio de uma segunda língua.

O grupo, então, passou a ter uma condição diferente dos demais bolsistas de graduação do CSF: eles puderam reescolher o país do intercâmbio e foram enviados para lá, em setembro de 2013, sem ter uma universidade de destino definida. A exigência, primeiro, era que passassem por cursos de língua estrangeira durante seis meses e fossem aprovados no exame de proficiência realizado nos meses de fevereiro e março.
De acordo com a Capes, a grande maioria dos bolsistas cumpriu o requisito e já está com a bolsa garantida no país de destino. Há casos, entre os 110 universitários que agora terão de voltar ao Brasil, em que, além de não demonstrarem domínio do idioma, eles ainda não puderam ser alocados em uma universidade por problemas de incompatibilidade do histórico escolar com o currículo do curso no exterior. Como esses estudantes representam uma exceção entre os editais do programa, essa avaliação, que é feita antes do início da viagem, só foi realizada quando eles já estavam no Canadá ou na Austrália estudando o idioma local.

Veja abaixo a íntegra do comunicado da Capes:

"A Capes informa que do total dos bolsistas redirecionados da chamada de Portugal que foram para diversos países: 3445 bolsistas permanecerão no exterior para prosseguir com suas atividades acadêmicas   e até o momento , 110 (80 do Canadá e 30 da Austrália), terão que retornar ao Brasil. Esses bolsistas estão voltando ao país porque não atenderam aos requisitos mínimos estabelecidos pelas universidades para a realização dos cursos acadêmicos.  Esses requisitos não são homogêneos e variam de acordo com a área do curso, o histórico escolar do aluno e a proficiência no idioma. Cabe ressaltar que o compromisso do Ciência sem Fronteiras é atender a 101 mil estudantes nas melhores instituições do mundo. Todos os bolsistas poderão participar de outros editais desde que sejam para tipos de bolsas diferentes das que já usufruíram."

Do G1 São Paulo

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mostra Horácio Schneider de Ciência e Cultura

Pirabenses ganham Mostra em semana de aniversário.

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Percorrendo várias cidades do interior paraense, São João de Pirabas será um dos municípios contemplados com a Mostra realizada pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Informação - SECTI As informações são da assessoria de comunicação.

Um verdadeiro presente para a população de São João de Pirabas, em especial, aos estudantes do município que terão a oportunidade de prestigiar a Mostra Horácio Schneider de Ciência e Cultura, antecedendo as comemorações alusivas ao 26° aniversário da cidade.
 
Horácio Schneider / Foto: Reprodução
A mostra realizada pela SECTI, este ano homenageia o cientista paraense Horácio Schneider, vice-reitor da Universidade Federal do Para (UFPA), tendo como objetivo aproximar os estudantes paraenses do universo acadêmico e, principalmente, o da pesquisa. O projeto itinerante foi criado em 2009 e, a cada ano, homenageia um pesquisador paraense com reconhecida produção científica em qualidade e quantidade que esteja envolvido na formação de recursos humanos voltados para a pesquisa científica em nível global e regional, tendo contribuído para o avanço do conhecimento científico na Amazônia e, em especial, no Pará.
 
Na mostra os alunos também poderão participar de atividades educativas, lúdicas e culturais. As atividades propostas através de oficinas e palestras serão gratuitas para estudantes de todas as idades.
 
O município de Acará, também no nordeste paraense, foi o primeiro a receber a edição de 2014 (26,27/03), tendo na sequencia os municípios de Goianésia do Pará (2 e 3/04); Concórdia do Pará (9 e 10/04), que já visitaram a mostra. Além de Pirabas, Salvaterra (24 e 25/04); Maracanã (14 e 15/05); Bragança (21 e 22/05); Irituia (28 e 29/05); Redenção (5 e 6/06) e Marabá (9 e 10/06) serão os próximos a receber o evento itinerante de ciência e cultura.
 
Segundo informações publicadas no site da SECTI, a Mostra Horácio Schneider de Ciência e Cultura em Pirabas esta programada para os dias 7 e 8 de maio.
 
Colaboração: Karolina Pimenta (ASCOM SECTI)
Adaptado por Blog do P@ulinho Pinheiro

terça-feira, 1 de abril de 2014

Estudantes brasileiros ficam entre últimos em teste de raciocínio.

Brasil ficou em 38° lugar entre 44 países.
Pisa avaliou pela 1ª vez capacidade de resolução de problemas.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou nesta terça-feira (1°) o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que pela primeira vez avaliou a capacidade de 85 mil estudantes de 15 anos do mundo inteiro para resolver problemas de matemática aplicados à vida real. O Brasil ficou em 38° lugar, com 428 pontos, em um total de 44 países (veja o ranking completo ao final desta reportagem).

Foto: reprodução
O resultado do Pisa mostrou ainda que só 2% dos alunos brasileiros conseguiram resolver problemas de matemática mais complexos. Entre os estrangeiros, esse número chegou a 11%.

No caso do Brasil, os meninos tiveram desempenho melhor que as meninas. 

No teste, os rapazes somaram 436 pontos, contra 412 das garotas.

No desempenho por região do país, os alunos do Sudeste fizeram 447 pontos, seguido por Centro-Oeste (441), Sul (435), Nordeste (393) e Norte (383).

Os líderes do ranking do Pisa são todos asiáticos: Cingapura (562 pontos), Coreia do Sul (561) e Japão (552). Entre os três últimos da lista, estão dois latinos: Uruguai e Colômbia, além da Bulgária. O único país da América do Sul que aparece mais bem colocado que o Brasil é o Chile, na 36ª posição, com 448 pontos.

Para chegar a esse resultado, a avaliação incluiu perguntas em que o aluno tinha de, hipoteticamente, manusear um aparelho de MP3 player e, ainda, comprar bilhetes em uma estação de trem em uma máquina.
Em uma das perguntas, por exemplo, o estudante devia selecionar no MP3 o estilo rock, no volume 4, usando poucos cliques e sem nenhum botão "reset" (reiniciar).

As habilidades não cognitivas – ligadas a características como autonomia, raciocínio crítico, liderança, facilidade de relacionamento e tolerância, entre outras – foram testadas pela primeira vez no Pisa, que é um exame reconhecido mundialmente por avaliar o desempenho de estudantes em matemática, ciências e leitura. A prova é aplicada a cada três anos em alunos que concluem o ciclo básico de ensino.

O último resultado do exame foi divulgado em dezembro. Nas três disciplinas, o Brasil teve desempenho baixo entre os países da OCDE. Em matemática, ficou em 58° lugar (foram 65 nações analisadas); em leitura, alcançou a 55ª posição; e em ciências, a 59ª.
Ensino Médio Inovador
 
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, disse em entrevista ao Bom Dia Brasil que o governo quer investir na qualidade do ensino e aumentar a participação de escolas em um programa criado em 2009 para promover a melhoria no currículo e ampliar a carga horária.

"Há um programa que é o Ensino Médio Inovador, no qual essa questão de ser capaz de resolver os problemas concretos que a vida coloca está no centro do projeto pedagógico", diz Soares.

Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) anunciou a criação, em parceria com o Instituto Ayrton Senna, de cursos de pós-graduação no Brasil e no exterior para formar pesquisadores e professores que estudem os impactos das competências socioemocionais (como otimismo, responsabilidade, determinação e curiosidade) no aprendizado dos alunos.
Os detalhes das bolsas, como o número de vagas oferecido, os valores, o tempo de permanência e o perfil de quem poderá se beneficiar será definido em um edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes), a ser publicado em até 90 dias.

O ministro da Educação, José Henrique Paim, afirmou que os estados e municípios que promoverem iniciativas para valorizar as competências socioemocionais dos estudantes poderão recorrer a financiamentos do governo federal.

"É um tema novo não só no Brasil. Essa temática precisa ser estimulada em vários aspectos, seja na pesquisa, para formar massa crítica, seja no aspecto que envolve avaliação e implantação de políticas. Queremos também incentivar iniciativas que alguns estados têm. Aquilo que o ministério achar condizente, vamos financiar", destacou Paim.

Veja abaixo o ranking completo do Pisa:

1º) Cingapura - 562 pontos
2º) Coreia do Sul - 561
3º) Japão - 552
4º) China/Macau - 540
5º) China/Hong Kong - 540
6º) China/Xangai - 536
7º) China/Taipé - 534
8º) Canadá - 526
9º) Austrália - 523
10º) Finlândia - 523
11º) Reino Unido - 517
12º) Estônia - 515
13º) França - 511
14º) Holanda - 511
15º) Itália - 510
16º) República Tcheca - 509
17º) Alemanha - 509
18º) Estados Unidos - 508
19º) Bélgica - 508
20º) Áustria - 506
21º) Noruega - 503
22º) Irlanda - 498
23º) Dinamarca - 497
24º) Portugal - 494
25º) Suécia - 491
26º) Rússia - 489
27º) Eslováquia - 483
28º) Polônia - 481
29º) Espanha - 477
30º) Eslovênia - 476
31º) Sérvia - 473
32º) Croácia - 466
33º) Hungria - 459
34º) Turquia - 454
35º) Israel - 454
36º) Chile - 448
37º) Chipre - 445
38º) Brasil - 428
39º) Malásia - 422
40º) Emirados Árabes - 411
41º) Montenegro - 407
42º) Uruguai - 403
43º) Bulgária - 402
44º) Colômbia - 399

Do G1, em São Paulo